A poluição dos oceanos é muito preocupante. São muitas as atividades humanas que prejudicam o meio ambiente: o esgoto doméstico jogado no mar, os poluentes industriais descartados na água, o turismo predatório, a pesca excessiva, a poluição por plástico entre outros. Entre todos os problemas do oceano, a poluição por plástico é o mais preocupante e significativo. Sendo assim, é o que precisamos ter mais atenção neste momento.
Os oceanos de plástico
De acordo com um estudo da Ellen MacArthur Foundation em 2050 os oceanos terão mais plástico que peixes. A estimativa é que entre 5 e 13 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos a cada ano. Consequentemente esses plásticos vão ser ingeridos por vários tipos de animais marinhos e matá-los.
Milhares de tartarugas morrem todos os anos porque confundem sacos de plástico com águas-vivas e terminam sufocadas.
O descarte de resíduos em mares e oceanos atingiu um nível inaceitável. Falta uma infraestrutura adequada e sistemas que sejam eficientes no gerenciamento desses resíduos que não deveria estar indo parar no mar.
Pensar globalmente e agir localmente
Uma questão global desse tamanho precisa ser quebrada em questões menores. Obviamente, o lixo plástico é apenas uma parte do problema da poluição oceânica. A acidificação das águas e a pesca excessiva também são grandes problemas. As soluções encontradas até agora como a reciclagem de plásticos e a limpeza das praias e dos mares podem até ajudar, mas não resolvem o problema.
Além disso é preciso repensar a maneira como produzimos e consumimos. É inevitável mudar nossa forma de consumo se quisermos ter um futuro no planeta. O Brasil tem aproximadamente 50,7 milhões de pessoas vivendo no litoral. Definitivamente é fundamental construirmos um modelo que concilie a conservação ambiental, as atividades econômicas sustentáveis e o turismo.