Com a crescente preocupação em fazer o que é ecologicamente correto e melhor para o meio ambiente, tudo que é considerado “verde”,”natural” e “orgânico” passou a parecer melhor aos olhos dos consumidores. Seguindo essa tendência, as empresas de cosméticos e cuidados com a pele também precisaram mudar os seus produtos. Elas prometem alternativas ecológicas para reduzir o impacto que nossas rotinas de beleza causam no planeta. Os produtos que prometem fazer maravilhas para a nossa pele, agora também precisam “salvar o planeta”.

A sustentabilidade ambiental implica à manutenção dos recursos naturais e do equilíbrio ecológico de longo prazo. Aplicada aos cosméticos, a indústria ainda tem muitos desafios a enfrentar no futuro imediato, como o abastecimento sustentável de matérias-primas, consumo de energia, gestão de resíduos e pegada de carbono de toda a cadeia de produção.  Os consumidores, cada vez mais conscientes dos ingredientes dos produtos, do quanto são ecologicamente corretos sua origem e seus potenciais efeitos na saúde, estão esperando que esses desafios sejam enfrentados, principalmente as novas gerações. 

Redefinindo o que é limpo

A lista de ingredientes perigosos para o meio ambiente que as empresas de cuidados com o corpo usam é assustadora. Como resultado, a primeira onda de produtos de “beleza limpa” foi diferenciada pelos ingredientes que eles não  continham. Nos últimos anos, empresas ecologicamente corretas eliminaram os produtos sintéticos agressivos prevalentes em loções, xampus, sabonetes e muito mais.

A beleza biodinâmica está crescendo, estamos começando a ver cada vez mais marcas artesanais de cuidados corporais interessadas em desenvolver produtos melhores para o meio ambiente.

Encontrando a beleza do solo

Embora muitas empresas de beleza estejam mudando para “à base de plantas”, isso não significa necessariamente que esses ingredientes vegetais foram cultivados usando práticas ambientalmente saudáveis. Usar ingredientes orgânicos não tem relação com produzir um produto limpo. É preciso prestar atenção nos pesticidas, fertilizantes e nas práticas sazonais que mantêm o solo saudável.  Essas práticas que se concentram no sequestro de carbono trazem uma esperança de mitigar as mudanças climáticas.

Bons Exemplos

1. Le Parfum Citoyen, França

Assim como a comida local, já existem cosméticos locais. A Le Parfum Citoyen usa somente fornecedores locais para produzir um perfume de qualidade com baixa emissão de carbono.

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Geek chic, Princesse rebelle e French fatale, a linha de perfumes © Le Parfum Citoyen

2. Madara Cosmetics, Letônia

Você já ouviu falar sobre biotecnologia de células-tronco? Este processo da Madara Cosmetics limita a colheita de plantas reais usadas para cosméticos.

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Lottes Tisenkopfas-Iltneres, fundadora da Madara Cosmetics © Madara Cosmetics

3. O’Right, Taiwan

Resíduos agrícolas podem ser a peça central da eficácia dos produtos cosméticos! O’Right usa cascas de café descartadas, borra de café e raízes de bagas de Goji para inventar novos produtos enquanto reduz o desperdício.

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Shampoo Volumizing O’right Goji Berry © O’Right

Cosméticos sustentáveis ​​com embalagens sustentáveis

Com o avanço na produção de cosméticos ecológicos, os consumidores esperam receber embalagens sustentáveis ​​que atendam às suas expectativas quanto à substância do produto, seu tipo e suas propriedades.

Conclusão

Para os consumidores conscientes que desejam dar um passo adiante em sua busca por produtos sustentáveis ​​que atendam aos seus valores e apoiem uma sensação de bem-estar, existem várias opções.

Para citar alguns: fazer suas compras localmente; investir em empresas pioneiras em sustentabilidade; modificar a forma como consumimos produtos; ficar de olho na “beleza circular” – o processo que utiliza recursos não comumente utilizados (por exemplo, bagaço de maçã ou borra de café) que, de outra forma, seriam desperdiçados.

O que importa é fazer a diferença, por menor que seja. E valorizar as marcas dispostas a serem transparentes e a criarem produtos melhores para o meio ambiente.